Entre o Brilho e o Vento

 

Fonte: Pixabay

Entre o brilho e o vento

Tem gente que acha que joia é só metal e pedra. Que é só um pedaço bonito pra pendurar no corpo.

Eu, não. Eu sei que joia é pedaço de vida. É bilhete cifrado que você carrega no peito. É a lembrança de um “fica” sussurrado no ouvido, de um beijo que queimou a boca, de um abraço que quase quebrou as costelas.


Joia é igual música: não precisa explicar, a gente sente.

E, como a música, tem dias que brilha feito sol, outros que corta feito faca.

Tem colar que é prisão voluntária, anel que é algema boa, brinco que é grito de liberdade.


A vida é isso: um misto de ouro e vento.

O vento que leva embora quem não fica, e o ouro que segura firme o que merece ficar.

A Lunardelle entende disso — de transformar um momento, um cheiro, um olhar, num pedacinho de eternidade pra você usar por aí.


Porque, no fim das contas, o que vale não é a joia em si. É o que ela te lembra.

E disso, meu bem, nem o tempo, nem o vento, têm coragem de roubar.








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